Brasil ganha Patrimônio Natural da Humanidade

Crédito: Joel Saget

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: preservação ambiental (Crédito: Joel Saget)

Por Antonio Prado

O Brasil já tem diversos locais declarados pela ONU como patrimônio da humanidade: cais do Valengo, no Rio de Janeiro, igrejas da cidade mineira de Ouro Preto, a Ilha Fernando de Noronha são alguns exemplos. Agora, acaba de entrar para a lista de Patrimônio Natural da Humanidade o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. O parque está localizado na porção noroeste do Maranhão, possui aproximadamente cento e sessenta mil hectares em uma zona que une Cerrado, parte da Amazônia e Caatinga. Não apenas a extraordinária beleza dos Lençóis Maranhenses foi levada em consideração pela ONU. Contou também a função do parque: mais de sua metade é formada por dunas com lagoas, que secam e retornam à plenitude, em uma inestimável contribuição à biodiversidade. “O Brasil é rico em belezas naturais. Esse título para os Lençóis Maranhenses aumenta significativamente a sua visibilidade global”, declarou o ministro do Turismo, Celso Sabino. “Além disso, esse título trás uma série de benefícios à sua preservação”.

Celso Sabino: visibilidade global (Crédito:Roberto Castro)

COMPORTAMENTO
Lazer de autodestruição

Bebida alcoólica: comportamento de alto risco (Crédito:Rogerio Albuquerque )

A cada estudo na área da saúde, no âmbito do comportamento social e de lazer de jovens e adolescentes no Brasil, torna-se claro que há uma situação danosa para a qual autoridades fecham os olhos. Um brilhante e amplo trabalho de profissionais da Escola de Enfermagem e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, em conjunto com a Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, revelou que oito a cada grupo de dez adolescentes ou jovens se submetem a dois ou mais fatores de risco para doenças como obesidade, câncer, complicações cardíacas e diabetes (enfermidades não transmissíveis). Os pesquisadores trabalharam com depoimentos de cerca de cento e vinte mil pessos em todo o País, na faixa etária entre 13 e 17 anos de idade. Revelaram-se índices muito acima do cientificamente aceitável no consumo, por exemplo, de bebidas alcoólicas, cigarros e refrigerantes. A isso, soma-se o sedentarismo. A situação é mais grave na região Sudeste.

81,3% dos adolescentes brasileiros
apresentam pelos menos
2 hábitos nocivos

JUSTIÇA
Semideuses questionados

Os noves juízes: seis conservadores, três progressistas (Crédito:Fred Schilling)

A Suprema Corte dos EUA, a mais alta instância da Justiça norte-americana, é composta por nove magistrados nomeados em caráter vitalício. Atualmente é integrada por seis juízes conservadores (três deles indicados pelo ex-presidente Donald Trump) e três progressistas. Nos últimos tempos o tribunal tomou algumas decisões polêmicas, criando na sociedade uma das sensações que a população mais rejeita: a da insegurança jurídica. Diante disso, o presidente Joe Biden anunciou na semana passada um radical plano de reforma da Corte, extinguindo a vitaliciedade e criando mandato de dezoito anos. Mais: cada presidente nomearia um ministro a cada vinte e quatro meses, que seria empossado após aprovação do Congresso. O plano de Biden, que já recebeu apoio de sua vice e candidata à Casa Branca, Kamala Harris, dificilmente prosperará. Motivo: os congressistas conservadores e progressistas têm o mesmo peso na Casa. Em artigo publicado no jornal The Washington Post, o presidente Biden afirmou que “ninguém está acima da lei e que seu projeto busca corrigir algumas distorções”. Foi além: “O que está acontecendo não é normal, e mina a confiança do público nas decisões do tribunal”. Na verdade, a Suprema Corte tem fixado medidas polêmicas, sempre conservadoras, em todas as direções. Em julho, em uma determinação pesadamente política, concedeu ampla imunidade ao republicano Donald Trump, nesse momento em que ele responde a diversos processos judiciais. Outra questão que voltou a confundir o sistema jurídico foi a Corte atual ter anulado, em 2022, a decisão da própria Suprema Corte, de 1973, que permitiu o direito ao aborto em todo o país.

Biden: a lei tem de valer para Trump (Crédito:Brandon Bell )