Divirta-se

A bela melancolia de Ed Sheeran

Cantor britânico lança álbum com letras inspiradas em problemas pessoais e na morte repentina do melhor amigo

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ÍDOLO Ed Sheeran: canções simples e lindas melodias vocais (Crédito: Divulgação)

Por Felipe Machado

Em uma época onde a tecnologia está cada vez mais presente, o britânico Ed Sheeran precisa apenas de seu violão e de belas melodias para conquistar o mundo. Nem o enorme sucesso ou os milhões de seguidores alteraram seu estilo: o artista de 32 anos continua a se apresentar como no início da carreira, sozinho no palco, sem banda, mesmo quando canta em grandes estádios. ISTOÉ esteve presente na nova turnê do cantor, que excursiona pela Europa no aquecimento para o lançamento de “—” (Subtract). Seu quinto álbum também é batizado com um símbolo aritmético, como os anteriores “+”, “x”, “÷” e “=”. No show de Berlim, na Alemanha, Sheeran dividiu o repertório. Começou com as novas músicas, um conjunto de canções melancólicas dedicadas a Jamal, seu melhor amigo que morreu repentinamente. Ele também enfrenta um julgamento por acusação de plágio, o que reforça o tom negativo da nova obra. Na segunda parte da apresentação, retomou os grandes hits, entre eles Bad Habits e Shape of You. Para Sheeran, compor é uma terapia: “Me ajuda a dar sentido aos meus sentimentos. No espaço de um mês, minha esposa grávida foi informada de que tinha um tumor. Entrei em uma espiral de medo e ansiedade.” Apesar do tom sombrio das letras, “—“ é um álbum belíssimo e repleto de melodias que não saem da cabeça. A voz e violão sempre são ferramentas poderosas para quem tem talento.

Série revela processo criativo

Junto com o lançamento de “—” , Ed Sheeran lança a série documental The Sum of it All, com quatro episódios exibidos na Disney+. Na produção, ele detalha seu processo de composição em conversa com produtores renomados. O astro faz revelações sobre sua vida privada e explica como os fatos do dia a dia afetam e, ao mesmo tempo, inspiram suas composições. “Parece o momento certo para abrir a porta
e deixar o público entrar”, define ele.

Para Ler

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Em Paixão Simples, a vencedora do Nobel Annie Ernaux se arrisca em uma tarefa ambiciosa: definir em palavras a experiência de se apaixonar. Deixando para trás o bom senso, ela passa a viver uma relação radical e marcada pela obsessão.

Para Ver

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Criada por Deborah Cahn, premiada roteirista de West Wing e Homeland, a série A Diplomata (Netflix) é um thriller que narra os desafios da embaixadora norte-americana Kate Wyler (Keri Russell), que assume o posto em Londres após um atentado terrorista.

Para ouvir

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Após o sucesso do álbum de estreia De Primeira, o prêmio Grammy incluiu Marina Sena na lista das “divas em ascensão na música global”. Em seu novo disco, Vício Inerente, a cantora privilegia o lado eletrônico de suas canções.

Show
A estrela da soul music entre nós

Ramon Rivas

Ela é uma das maiores estrelas da música norte-americana na atualidade: Alicia Keys chega ao Brasil para apresentar ao vivo seus dois álbuns mais recentes, Alicia (2020) e Keys (2021). Formada em piano clássico e dona de uma voz incrível, ela canta no Rio de Janeiro e em São Paulo em 3 e 5 de maio, respectivamente. É a primeira turnê global da artista desde 2013, cujo disco de estreia, Songs in A Minor, vendeu doze milhões de cópias e lhe rendeu comparações com lendas da soul music, entre elas Nina Simone e Aretha Franklin.

Dança
Grupo Corpo em dois espetáculos

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Uma das mais criativas companhias de dança do País está em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, com um espetáculo composto por dois ballets: Gil Refazendo, apresentado pela primeira vez no ano passado e com música criada especialmente por Gilberto Gil, e Breu (foto), de 2007, com trilha sonora feita sob medida por Lenine. Fundado em 1975, o Grupo Corpo nasceu em Belo Horizonte sob direção dos irmãos Rodrigo Pederneiras, responsável pelas coreografias, e Paulo Pederneiras, criador dos cenários e da iluminação.

Streaming
Destaques da nova MPB no elenco

Breno Galtier

Grandes nomes da nova geração da MPB se reuniram para integrar o elenco da produção da plataforma Disney+. A minissérie Tá Tudo Certo conta a história de Pedro, um estagiário de direito que quer mudar de vida e almeja um lugar de destaque no mundo da música. O clima nos bastidores favoreceu parcerias entre artistas como Ana Caetano e Manu Gavassi. “Qualquer pausa era motivo para alguém puxar um violão e cantar”, lembra a atriz Cynthia Senek. (Duda Ventura)

Teatro
Do mito grego ao regime militar

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É possível estabelecer relação entre a tragédia grega e a ditadura militar brasileira? Essa é a proposta de Um Memorial para Antígona, peça em cartaz no Teatro da USP, em São Paulo, até 14/5. O espetáculo utiliza o clássico de Sófocles como metáfora sobre a legitimidade da Lei da Anistia, de 1979, que regulamentou a transição entre a ditadura e o regime democrático. A direção é de Vicente Antunes Ramos, com Danilo Arrabal e Giovanna Monteiro no elenco, entre outros.