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Coreia do Sul, a nova potência cinematográfica

São Paulo recebe o 1o Festival de Cinema Coreano, que terá sucessos de bilheteria e mostra competitiva com jovens nomes

Crédito: Divulgação

'A Criada': nova série de produções asiáticas conquistou o público brasileiro (Crédito: Divulgação)

Por Felipe Machado

Quando Parasita levou quatro estatuetas no Oscar de 2020, incluindo Melhor Filme, o mundo percebeu que a Coreia do Sul havia se tornado uma potência cinematográfica. Com o sucesso de Round 6, que tornou-se a série mais vista na história da Netflix, no ano seguinte, a coisa subiu ainda mais de patamar: veio a certeza de que a indústria audiovisual daquele país estava consolidada como uma das mais fortes do planeta. Para comemorar as seis décadas da imigração coreana no Brasil, o Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo, recebe o 1º Festival de Cinema Coreano SP (KOFF), entre 2 e 6 de outubro.

O evento será dividido em duas partes. Na Mostra Competitiva, serão exibidos mais de trinta filmes brasileiros produzidos com temática relacionada ao país asiático, entre curtas e longas-metragens, sob curadoria liderada por Rubens Rewald.

Fora da competição, o público vai poder assistir a clássicos como o próprio Parasita, de Bong Joon-ho, além de Old Boy, A Criada e Decisão de Partir, entre outros. Haverá ainda debates e oficinas de produção de vídeo.

“No momento em que o Brasil se posiciona como um dos maiores consumidores das produções audiovisuais sul-coreanas, é de suma importância a realização de um projeto que celebre a excelência da cinematografia desse trabalho”, explica Marcia Kling, diretora do festival.

Aposta na ficção científica

(Yoshitaka Nishi)

Após o sucesso de Parasita, o público estava ansioso pelo próximo projeto de Bong Joon-ho (foto), o primeiro diretor a ganhar um Oscar de Melhor Filme com uma produção falada em língua estrangeira. Pois ele acaba de revelá-lo: Mickey 17 é uma ficção científica baseada no livro de Edward Ashton. Estrelado por Robert Pattinson ( Batman), conta a história de um homem que, dado como morto, é substituído por seu clone. O longa chega às telas em 2024.

Para Ler

Depois de abordar as quadrilhas cariocas em A República das Milícias, Bruno Paes Manso mergulha em outra dimensão da criminalidade brasileira: A Fé e o Fuzil é um estudo profundo sobre a relação entre os criminosos e as igrejas evangélicas.

Para Ver

(Divulgação)

Eles voltaram: Casamento Grego 3 é o novo episódio da divertida franquia que combina romance e comédia. Estrelada mais uma vez por Nia Vardalos, a produção já arrecadou mais de US$ 400 milhões com seus dois primeiros filmes.

Para ouvir

(Divulgação)

Com 15 anos de estrada, o Ôctôctô homenageia o cantor e compositor baiano Julio Valverde em seu novo disco, Saveiro. O grupo volta a apresentar o seu som, marcado pelo diálogo entre a MPB e os arranjos de música de câmara.

Série
Um jornal que marcou época

(Divulgação)

Uma das iniciativas mais intensas da história da imprensa brasileira, o jornal Notícias Populares conquistou o público e se tornou um sucesso de vendas com histórias que combinavam bom humor, informação e sensacionalismo. Pois a trajetória da publicação que durou 38 anos ganha agora uma série ficcional criada pelo jornalista André Barcinski e o cineasta Marcelo Caetano. A produção será exibida no Canal Brasil, como parte das comemorações de seus 25 anos. No elenco estão Luciana Paes, Ana Flávia Cavalcanti, Ary França e Rejane Faria.

Arte
Esculturas sob olhar modernista

(Divulgação)

Quem visita o Largo do Arouche ou a Praça da Sé, em São Paulo, conhece o trabalho de Nicolas Vlavianos (1929-2022), escultor grego radicado no Brasil. As obras Progresso e Nuvens Pela Cidade, respectivamente, são monumentos desse artista que ganha exposição no Museu de Arte Brasileira da FAAP até 5 /11. Com curadoria da professora Veronica Stigger, a mostra reúne 50 obras produzidas entre 2001 e 2021, a maioria feita de aço inox e latão, materiais que marcaram o estilo do modernista. O livro A Conquista do Espaço será lançado no evento.

Streaming
A gastronomia caótica de ‘O Urso’

(Chuck Hodes)

A segunda temporada da ótima série O Urso (The Bear), do Star+, traz novamente a rotina do pequeno restaurante liderado por Carmen Berzatto (Jeremy Allen White) e seu primo Richie Jerimovich (Ebon Moss-Bachrach). À ISTOÉ, Bachrach (foto) falou do interesse atual do público sobre o tema. “Os chefs hoje são verdadeiros astros do rock. O mundo está cada vez mais fascinado por comida”, afirma ele. “A cozinha tem uma atmosfera caótica e dramática, lugar perfeito para situar uma boa história”.

Literatura
Realismo fantástico na Índia

(Jamie Mccarthy)

Em seu primeiro livro após o atentado que o fez perder a visão do olho direito, em 2022, o indiano Salman Rushdie manteve o estilo que o consagrou como um dos grandes nomes da literatura asiática. Cidade da Vitória narra o último dia na vida da profeta Pampa Kampana, de 247 anos, que morre após concluir um poema épico. Nessa combinação de fábula e realismo fantástico, Rushdie cria uma narrativa sobre a ascensão e queda de um reino místico, repleto de metáforas sobre a atualidade.