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Anjos não têm idade

Crédito: Joel C Ryan

A Baiana Adriana Lima: eterna "Angel" (Crédito: Joel C Ryan)

Por Elba Kriss

O famoso Victoria’s Secret Fashion Show está de volta após uma pausa de quatro anos. O desfile da grife de lingerie retorna em setembro depois de polêmicas e um processo de reformulação provocado por escândalos de transfobia e gordofobia. O evento vem sendo anunciado como “a expressão máxima da transformação da marca”. A baiana Adriana Lima estará entre as “angels”, como as modelos eram chamadas, ao lado de Gisele Bündchen e Naomi Campbell. Aos 42 anos, a modelo nascida em Salvador continua a empoderar as meninas na passarela — incluindo a filha Valentina, de 12. “Espero que as mulheres possam ser aceitas em todas as fases de sua vida, não importa quantos anos ela tenha”, declarou. “É por isso que ainda estou persistindo em fazer parte da moda. Acho que a indústria está aceitando isso, e é algo maravilhoso.”

O ator que virou fotógrafo

(Divulgação)

O elenco de Amor Perfeito, da Globo, tem o seu “fotógrafo oficial” atrás das câmeras. Allan Souza Lima, intérprete de Frei João na trama, presenteia seus colegas com retratos feitos nos bastidores — e o conteúdo vai direto para as redes sociais do artista. “A fotografia é uma paixão que sempre tive, mas, de um tempo para cá, resolvi me dedicar de maneira mais profissional”, conta à ISTOÉ. Quando gravou a série Cangaço Novo, da Prime Video, Lima passou um período no sertão e também aproveitou para fazer os seus cliques. “Vivi um processo de trabalho como ator que me gerou um conflito interno. Dentro da saga, na busca pelo personagem, a câmera sempre esteve ao meu lado registrando esse momento da minha história”, lembra. As fotos foram parar na mostra ‘Sertão Íntimo’, no Rio de Janeiro. O passatempo virou coisa séria, mas Allan promete que não vai atrapalhar a carreira de ator.

Mãe Universo

(Divulgação)

Já estava na hora: graças a mudanças no regulamento, a 72ª edição do concurso de Miss Universo terá a participação de uma mãe na disputa pela primeira vez. Michelle Cohn, da Guatemala, tem 28 anos e dois filhos. Ela é a primeira a ser coroada após a alteração no processo de seleção, que passou a aceitar mulheres casadas, divorciadas e mães, depois de décadas de restrições. “Minha oportunidade chegou quando tinha de ser”, celebrou Michelle, que além de formada em Publicidade, é empresária, apresentadora e locutora. A edição histórica do Miss Universo acontecerá em novembro, em El Salvador.

Ele gosta de ser vilão

(Caio Gallucci)

“O vilão é sempre melhor”, brinca Marcel Octavio, intérprete de Scar no musical O Rei Leão, que está em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo. Com 17 anos de carreira e passagem por novelas como Gênesis, na Record, e Tempo de Amar, na Globo, o ator explica que consegue explorar “emoções mais humanas” quando faz o papel de antagonistas. “Vilões são falhos, cedem a vícios e anseiam por poder”, diz à ISTOÉ. Octavio também é instrutor de canto na Casa Henriqueta, espaço cultural que administra com a mulher, a atriz Mari Gallindo, na capital paulista: “Comecei a ensinar durante a pandemia e descobri que uma felicidade na vida: ser professor”. A agenda não foi afetada pelo espetáculo, pelo contrário. “Sempre consigo horários para alunos novos”.

Em nome dos que não têm voz

(Charles Sykes)

O astro de Velozes e Furiosos X Tyrese Gibson entrou com ação milionária contra uma rede de lojas nos EUA por discriminação racial. O ator denunciou uma situação “humilhante e degradante” que enfrentou ao lado de dois de funcionários na unidade da Home Depot, em Los Angeles, em fevereiro. Segundo ele, “as ações do caixa e do gerente foram discriminatórias com base na raça e origem”. Ele pede indenização de US$ 450 milhões, cerca de R$ 2 bilhões. Em comunicado oficial, o artista declarou que optou pelo processo para “fortalecer os que não têm voz”. Gibson também publicou um vídeo do momento da confusão na loja. Os “sem voz” agradecem.

A força das matriarcas

(Divulgação)

Pode-se dizer que Julia Prado deixou sua marca na sétima temporada de Reis, da Record. Na pele de Afra, na série, a atriz chegou a ter dez centímetros de seus longos cabelos cortados em cena. Tudo em nome da arte — e do seu primeiro trabalho na TV. O capítulo ajudou a aumentar a audiência da superprodução bíblica e ampliou o número de seguidores nas redes sociais da artista. “Os fãs são engajados. Mandam mensagem, fazem perguntas e se emocionam. Amo essa troca”, conta à ISTOÉ. Julia se dedica agora a um novo projeto que havia ficado parado durante as gravações: um curta-metragem de sua autoria. Ela tem na bagagem a experiência de Somos Muitas, websérie escrita, produzida e dirigida por ela. O próximo produto também diz respeito ao universo feminino: “Esse curta fala sobre ancestralidade. Sou fruto de mulheres absurdamente fortes que me permitiram estar aqui. O roteiro é sobre as que vieram antes de mim, minhas avós e minha mãe.”