Coluna

O homem de aço

Crédito: Divulgação

Jorge Gerdau, um dos maiores empresários brasileiros, recebe homenagem de Doria (Crédito: Divulgação)

Por Germano Oliveira

O Hotel Tangará, em SP, transformou-se em uma constelação com o brilho dos empresários mais importantes do País, durante a entrega do 14º Prêmio Líderes do Brasil, promovida pelo Lide de João Doria, na segunda-feira, 9. O ex-governador prestou homenagem aos 30 maiores líderes empresariais do Brasil em 2024. A honraria especial foi dedicada a Jorge Gerdau, o maior produtor de aço do País. Em seu discurso, Doria destacou que a classe empresarial deve acreditar mais no País e reclamar menos. “O empresariado brasileiro é parte da solução, não do problema. Se a economia avança é graças principalmente à iniciativa privada, que gera empregos, renda e mantém nosso País de pé. Vamos reclamar menos e agir mais. E acreditar no Brasil”, disse o chairman do Lide.

Fórum

Em um final de ano bastante agitado, Doria está realizando dezenas de grandes eventos, no Brasil e no exterior. Na quarta-feira, 4, foi realizado o Fórum Lide Brasil, no Brasília Palace Hotel, que contou com a presença de mais de 200 convidados, entre eles o ministro Gilmar Mendes (STF), o governador Ibaneis Rocha (DF) e Helder Barbalho (PA).

Marrocos

Mas o que rendeu mais frutos internacionais foi o Fórum Brasil-Marrocos, realizado pelo Lide em Casablanca, entre os últimos dias 2 e 5. Em Rabat, foi recebido pelo ministro da Indústria e Comércio do Marrocos, Ryad Mezzour. Eles conversaram sobre as oportunidades de negócios entre os dois países. Em janeiro, ele promove evento em Zurique.

Evangélicos rachados

O racha da direita chegou agora à bancada evangélica. Os deputados que compõem a Frente Parlamentar Evangélica, uma das mais barulhentas da Câmara, estão discutindo quem será o novo líder do grupo. O mais provável é a eleição do deputado Otoni de Paula, que na eleição passada se aproximou do prefeito Eduardo Paes. O oponente é o deputado Gilberto Nascimento, ligado ao pastor Silas Malafaia.

(Divulgação)
(Divulgação)

Rápidas

Nos bastidores do PT corre a versão de que Lula já teria decidido que seu vice em 2026 será Haddad. Isso porque se Lula, que estará com 81 anos na próxima eleição, tiver que se afastar do governo, não deixará o posto para alguém fora do PT. Haddad será o candidato em 2030.

O União Brasil está numa sinuca de bico. O influencer Pablo Marçal quer se filiar ao partido, mas as lideranças paulistas não sabem o que fazer. Milton Leite diz que, antes, quer ver o projeto eleitoral dele.

O governador Tarcísio está em palpos de aranha. Ele se desgastou demais com o aumento da violência no Estado e com as trapalhadas do secretário Guilherme Derrite, mas não tem como demiti-lo agora. Ele é homem de Bolsonaro.

O atual ministro da Educação, Camilo Santana, está no olho do furacão. Sua mulher Onélia Santana, está sendo nomeada para o Tribunal de Contas do Estado. O cargo é vitalício até 75 anos e o salário de R$ 39,7 mil.

A dança das cadeiras

A operação de última hora à qual Lula precisou ser submetido na noite de segunda-feira 9, em São Paulo, para a retirada de coágulos de sangue no crânio devido ao tombo no banheiro do Alvorada, adiou a reforma ministerial que o presidente iniciaria esta semana. O primeiro a dançar seria (e é) o ministro Paulo Pimenta (Secom), que será substituído pelo publicitário Sidônio Pereira. Lula vinha reclamando muito da sua comunicação e a mudança agora acontecerá quando o presidente voltar a Brasília. Depois disso, o mandatário vai trocar ministros a partir de fevereiro, após a escolha dos presidentes do Congresso. Pacheco e Lira podem virar ministros.

Retrato falado

“O plano A sou eu, o plano B sou eu também e o plano C sou eu” (Crédito:Ton Molina)

Jair Bolsonaro rebateu o próprio filho, o deputado Eduardo, que na semana passada afirmou que poderia ser “o plano B” para concorrer ao Planalto em 2026, conforme ISTOÉ revelou em sua edição de 20 de novembro. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-presidente ficou enfurecido quando o repórter lhe perguntou sobre a análise feita pelo 02 de que poderia ser o substituto do pai, inelegível até 2030. “Só vou pensar em substituto depois da minha morte”, disse o capitão.

Centrão no trono

Os partidos do Centrão deverão ganhar maior espaço do governo e muitos do PT devem dançar para abrir caminho a políticos mais moderados. A expectativa é que o PSD de Kassab, o MDB de Baleia Rossi e o União Brasil de Antônio Rueda e ACM Neto vão ganhar novos ministérios além dos três que cada um já têm.

Brilha uma estrela

A primeira-dama Janja da Silva brilhou na festa de final de ano do Prerrogativas, grupo de advogados ligados ao PT, presidido por Marco Aurélio de Carvalho (à esq.). Ela teve direito a discurso para os convidados, que pagaram R$ 650 para o evento. Com a presença de Lula, ela lembrou dos 580 dias em que o presidente passou na cadeia. Ele chorou.

(Marco Ankosqui)

Lula apagado

Possivelmente já sentindo mal-estar do sangramento cerebral que o levaria à mesa de cirurgia na segunda-feira, 9, o presidente estava bem apagado na festa, e quase não sorria, distante do líder carismático que em outras condições iria para os braços da plateia, totalmente petista. Haddad, Anielle, Jorge Messias e Marcio Macêdo estavam ao seu lado.

Um papa brasileiro?

(Tiziana Fabi)

O papa Francisco elevou, no domingo, 8, à condição de cardeal vinte e um arcebispos do mundo inteiro, entre eles o brasileiro Jaime Spengler, de Porto Alegre. Na condição de cardeal, o brasileiro poderá votar e ser votado no próximo conclave que vier a ser marcado, o que pode acontecer a qualquer momento, pois o atual papa, com 88 anos, anda com a saúde debilitada.

Toma lá dá cá: Rafael Brito, da Frente Parlamentar Mista da Educação

Rafael Brito, presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação (Crédito:Divulgação)

Como o sr. avalia a aprovação do projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas?
Estudos comprovam que o uso do celular em sala de aula tem sido instrumento de ansiedade, cyberbullying e desatenção.

Quais os próximos passos do PL após a aprovação na Comissão de Educação da Câmara?
Segue em caráter conclusivo para a CCJ e, em seguida, para o Senado. Lá, será um dos projetos da nossa demanda junto ao presidente Pacheco.

Quais as principais dificuldades que o sr. vê em relação à prática desse PL?
Serão em relação à mudança da cultura, mas acredito que a comunidade escolar contará com o apoio das famílias e da socidade para garantir que as tecnologias sejam utilizadas de forma positiva.