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A grande festa de Zeca Pagodinho vai girar o Brasil

Diante de 35 mil pessoas, sambista carioca comemora 40 anos de carreira, grava DVD ao vivo e estreia turnê nacional

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Zeca Pagodinho no Estádio do Engenhão: repertório de sucessos (Crédito: Divulgação)

Por Felipe Machado

No show em que comemorou 65 anos de vida e quatro décadas de carreira, Zeca Pagodinho conseguiu uma proeza. Em um palco gigantesco no formato de um típico botequim do Rio de Janeiro, reuniu uma verdadeira constelação de nomes de diversas gerações da música brasileira, de Marcelo D2 a Jorge Aragão. O dono da festa escolheu a dedo o local onde receberia os amigos e as 35 mil pessoas que lotaram a plateia: o Estádio Nilton Santos, o “Engenhão”, casa do seu time do coração, o Botafogo. A apresentação marcou o início da turnê que percorrerá diversas cidades do País — a excursão chega a São Paulo em junho, com duas datas no Espaço Unimed, depois vai à região Sul, em agosto, e ao Nordeste, em outubro. Durante mais de duas horas, o artista apresentou um repertório de sucessos que incluiu “Brincadeira Tem Hora”, “Seu Balancê” e “Deixa A Vida Me Levar”, entre outros, além de parcerias com craques como Arlindo Cruz e Almir Guineto. O show foi filmado e será lançado em DVD. É um registro histórico que coroa não apenas a carreira de Zeca, o mais popular e bem sucedido sambista da atualidade, como atesta a reverência dos novos artistas à sua história. É um reconhecimento pela preservação do samba, algo que ele promove e pratica como defensor incansável do estilo, mantendo vivas as tradições do gênero e a conexão com suas raízes.

O mestre das novas gerações

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Artistas jovens como Diogo Nogueira, Xande de Pilares, Djonga e Pretinho da Serrinha traziam no rosto a alegria de participar do maior show da carreira de Zeca Pagodinho. O sambista foi reverenciado por todos e retribuiu o carinho demonstrando o respeito por quem o inspirou: além da madrinha Beth Carvalho, homenageada no telão, convidou Alcione (foto) para o dueto em Mutirão de Amor, antes de deixá-la brilhar em “Sufoco”, quando foi ovacionada.

Para Ler
O Semeador – Quem Planta, Colhe!, do jornalista Ricardo Viveiros, é a biografia do engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura e Pecuária do governo Lula entre 2003 e 2006. “Relatamos os bastidores daqueles anos”, diz o autor.

Para Ver

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Em Dias Perfeitos, novo filme do premiado diretor alemão Wim Wenders, o protagonista é um homem metódico que vive em Tóquio e nunca sai da rotina — até que recebe a visita de uma sobrinha, que o leva a confrontar seu passado.

Para ouvir

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Uma das revelações da música brasileira, o mineiro FBC lança o elogiado álbum O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar Para Outro Planeta na Casa Natura, em São Paulo. As apresentações acontecem em 16 e 17/2.

CINEMA
Manifesto feminista nas telas

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Com onze indicações ao Oscar, Pobres Criaturas é o novo filme do cineasta grego Yorgos Lanthimos, um dos diretores mais criativos e originais da atualidade. Liderado por Emma Stone, no papel de Bella Baxter, o excelente elenco conta ainda com Willem Dafoe e Mark Ruffalo. Criada a partir de um transplante de cérebro, Bella é uma espécie de Frankenstein feminista que vem ao mundo para criticar a desigualdade entre os gêneros. A narrativa bizarra, que combina elementos de Tim Burton e David Lynch, é um dos melhores filmes do ano.

OSESP
Carmina Burana abre a temporada

(Cecília Bastos/USP Imagem)

A temporada 2024 da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) começa em 8 de fevereiro, com apresentação da cantata Carmina Burana, obra-prima composta em 1937 pelo compositor alemão Carl Orff. Com regência do maestro amazonense Hilo Carriel, o destaque será a participação do coro da orquestra, além do Coro Acadêmico e do Coro Infantil. Em 22/2, a Sala São Paulo recebe as finalistas do concurso de Compositoras Latino-Americanas: a brasileira Denise Garcia e as argentinas Eva Garcia Fernández e Stephanie Macchi.

LIVROS
Crônicas autobiográficas

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A paulistana S. Ganeff tem apenas 21 anos, mas escreve como uma veterana. Publicou seu livro de estreia aos 17, inspirada pela experiência como intercambista na Austrália. Aos 20, entre as aulas na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde cursa Direito, escreveu a coleção de crônicas As Vozes da Minha Cabeça — obra finalista do prêmio Jabuti em 2023. “Estar entre gigantes da literatura foi a realização de um sonho”, afirmou. A autora já trabalha no terceiro livro, um romance.

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TEATRO
México no palco paulistano

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Em comemoração aos dez anos em cartaz no Rio de Janeiro, a peça Frida Kahlo — A Deusa Tehuana estreia em São Paulo. Com direção de Luiz Antônio Rocha e atuação de Rose Germano, o monólogo é inspirado no diário e na trajetória da famosa pintora mexicana. Para montar o espetáculo, passaram oito meses no México, onde compraram o figurino e visitaram o Museu Frida Kahlo, na casa em que ela morava com o muralista Diego Rivera. Em cartaz no teatro Itália Bandeirantes.