Largada para 2026: Lula abre o coração

Crédito: Mateus Bonomi

Lula lembrou aos seus ministros que os opositores já estão com a campanha na rua (Crédito: Mateus Bonomi)

Por Germano Oliveira e Vasconcelo Quadros

A menos de dois meses para as eleições presidenciais, Lula deu a largada para o processo que vai escolher o seu sucessor em outubro de 2026, quando ele completará 81 anos. Na reunião ministerial que promoveu na segunda-feira, 20, na Granja do Torto, em Brasília, num encontro que demorou mais de sete horas, o presidente abriu seu coração. Disse que avalia a possibilidade até mesmo de não disputar a reeleição, mas deseja que o seu candidato se eleja para não entregar o País “de volta ao neonazismo”, em referência aos liderados por Bolsonaro. O presidente explicou aos ministros que a sua recandidatura vai depender de como estará sua saúde. Ele não quer repetir o que aconteceu com Biden, que desistiu na última hora, prejudicando Kamala e facilitando o retorno de Trump.

Trabalhar

Depois de dizer aos ministros que os bolsonaristas já estão em campanha, Lula disse que neste ano de 2025 o governo deve “trabalhar, trabalhar e trabalhar para entregar o que o povo precisa”. O presidente reclamou que tem realizado muitos eventos no Palácio e que necessita ir mais para a rua. “Quero ter mais povo nos eventos do governo”

Agricultura

Reclamou de seus ministros Carlos Favaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), que pouco têm feito para reduzir o preço dos alimentos para os mais pobres. Não gostou do resultado da crise do Pix, sugerindo a criação de uma central de monitoramento para dar uma resposta mais rápida à população. Missão de Sidônio Palmeira.

A extinção dos tucanos

(Mateus Bonomi)

Marconi Perillo já está limpando gavetas da presidência do PSDB, pois o partido deve se fundir ao PSD de Gilberto Kassab ou mesmo ao MDB de Baleia Rossi, até março deste ano. Na verdade, os tucanos estão desgastados com a federação que mantêm com o Cidadania e querem se associar a partidos mais fortes para sobreviver até as eleições de 2026. Na década de 80, o PSDB integrava o MDB e eram uma coisa só.

Rápidas

Os fiscais do Ibama não param de multar madeireiros e desmatadores das florestas da Amazônia. Só em 2024, o órgão emitiu multas no valor de R$ 729 milhões, mais do que o total emitido nos quatro anos do governo Bolsonaro. Em 2023, as autuações haviam atingido R$ 219,3 milhões.

A energia solar bate recordes de instalações de sistemas alternativos de captação de eletricidade. Em 2024, o Brasil adicionou 14,3 gigawattes (GW), permitindo que o Pais atingisse uma potência de 52,2 GW.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, diz que o banco continua investindo pesado em investimentos para a agropecuária. Em 2024, a instituição destinou R$ 52,3 bilhões ao agro, com crescimento de 26% em relação a 2023.

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, fez uma metáfora do futebol para explicar a derrota de Lula no caso do Pix. “A gente pode até perder um jogo, mas não pode perder o campeonato”.

Retrato falado: Paulo Tafner

“Economia é avião que sobe, mas mostra que vai cair” (Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Paulo Tafner, diretor-presidente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social, disse ao Estadão que podemos chegar a 2027 com risco de profunda crise econômica. Para ele, a inflação, que segue alta, “é um imposto perverso. Se olhar os itens de consumo dos mais pobres, a inflação é maior. Nesse caso, ela compromete 8% ou 10% da renda em um ano. É uma paulada”, disse o economista. Ele teme que o governo Lula3 possa repetir Dilma2, que levou o País a uma grande recessão.

O X da questão

A dívida pública tem sido o calcanhar de Aquiles do governo. Em 2024, ela atingiu 61,2% do Produto Interno Bruto e a previsão é que se nada for feito para equilibrar as contas, em 2028 esse percentual pode chegar a 83,1% do PIB. Uma bomba no colo de Fernando Haddad, pronta para estourar. O que vem aumentando as perspectivas de crescimento desse endividamento é que o governo continua gastando mais do que arrecada e o recente pacote de corte de despesas foi insuficiente. Ou seja, o ministro da Fazenda vai ter que apresentar novas medidas para ajustar as contas do governo. A questão é que muitos não querem isso, incluindo lideranças importantes no Congresso.

Cortes de gastos

Um problema grave é que nem Lula, e nem Rui Costa (Casa Civil), querem saber de corte de gastos, sobretudo nos próximos dois anos, véspera da eleição presidencial. Lula deixou claro, inclusive na reunião ministerial de segunda, que o governo precisa mostrar mais serviços à nação, implicando em mais gastos.

Câmeras em ação

Orlando Morando, secretário de Segurança Urbana de São Paulo, aprimora o trabalho de combate à criminalidade com o uso de câmeras espalhadas pela cidade, no programa conhecido por Smart Sampa, que vem colhendo resultados bastante positivos. Há duas semanas no cargo, o programa já identificou 133 foragidos e ajudou na prisão de 500 criminosos.

(Divulgação)

Novos guardas

Ex-prefeito de São Bernardo, Morando tem auxiliado o prefeito Ricardo Nunes a cumprir a promessa de ampliar a estrutura da Guarda Civil Metropolitana. Esta semana, a prefeitura entregou 50 viaturas elétricas à guarda e contratou 500 novos agentes para a GCM de São Paulo. Agora, já são 7.500 guardas armados, com o objetivo de reduzir a violência.

União Brasil dividido

(Divulgação)

Antônio Rueda e ACM Netto, presidente e vice-presidente nacionais do União Brasil, até topam que o partido forme uma “superfederação” com outros partidos da direita, como PP e Republicanos, mas os demais dirigentes estaduais estão resistentes em aceitar esse entendimento. Com a fusão, os três partidos teriam 153 deputados e 17 senadores, e seriam imbatíveis no Congresso.

Toma lá dá cá: Márcio Zamboni, advogado tributarista

Márcio Zamboni, advogado tributarista (Crédito:Divulgação)

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