Coluna

Cenário difícil: 2025 terá mais pressões (e uma delas vem da mão de Lula)

Crédito: Mateus Bonomi

Este ano será bem pior do que foi 2024: a inflação será mais preocupante, os juros maiores e o crescimento menor (Crédito: Mateus Bonomi)

Por Germano Oliveira e Vasconcelos Quadros

Não se trata de pessimismo ou de trabalhar contra o governo. O fato é que o próprio Banco Central prevê indicadores mais difíceis para 2025. A começar pela inflação, que já fechou 2024 em 4,83%, estourando a meta de 4,5% para o ano. O IPCA terminou o ano em 4,83% e a tendência é do processo inflacionário continuar subindo. Foi tão grave o impacto da inflação na renda das famílias e nas contas do governo que o presidente do BC, Gabriel Galípolo, já sob a batuta de Lula, precisou escrever uma carta ao ministro Haddad (Fazenda), esclarecendo os fatores que levaram a inflação a superar as previsões. Para ele, o elevado ritmo do crescimento da economia, o câmbio depreciado e os fatores climáticos provocaram a alta da inflação, reforçando as pressões que se mantêm para 2025.

Carta

Na verdade, quem deveria escrever essa carta era o próprio presidente Lula, que descumpriu as promessas de campanha, de que garantiria alimentos com preços mais baixos para a população. Lembra da picanha e da cervejinha mais baratas para os mais pobres? Pois é. Não rolou. E o que Lula fez? Passou dois anos criticando os juros altos de Campos Netto.

Culpa

Lula tem culpa no cartório. Afinal, se o BC tivesse baixado os juros quando o presidente pediu, teríamos agora uma mega-inflação, pois com juros menores os consumidores comprariam mais, as empresas não atenderiam a demanda, haveria falta de produtos e a inflação ficaria descontrolada. Lula deveria repetir Bolsonaro, que confessava nada saber de economia.

“O 8 de janeiro incomodará por décadas”

(José Cruz/Agência Brasil)

Maria Elizabeth Rocha assumirá a presidência do Superior Tribunal Militar no próximo dia 22 de março, mas suas opiniões já estão reverberando no meio político há um bom tempo. Em entrevista ao Globo, a ministra disse que os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 são uma ferida aberta que vai custar a cicatrizar. “Esses atos serão
como os de 1964 e vai incomodar por muitas décadas”, disse ela.

Rápidas

Sidônio Palmeira assumiu o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) com poderes que Pimenta não tinha. Afastou uma protegida por Janja (Bruna Rosa, da secretaria das redes sociais) e obteve autorização do TCU para a licitação de R$ 197 milhões para quatro agências.

Alexandre de Moraes não dá trégua às big techs que não querem cumprir as leis do Brasil. Depois da luta contra Elon Musk, agora o ministro quer enquadrar a Meta, de Mark Zucherberg. “Aqui não é terra sem lei”, disse.

O deputado bolsonarista Filipe Barros não se emenda. No período de 2019 a 2022, liberou emendas de R$ 12,8 milhões para o Instituto do Câncer de Londrina onde seu sogro é um dos diretores. A CGU desconfia de irregularidades.

Prefeitos de capitais como Rio, Recife e Salvador, e que traçam planos para 2026, estão investindo em suas guardas municipais armadas, endurecendo o discurso contra a violência. Combater a insegurança é prioridade.

Retrato falado

Randolfe Rodrigues: “A posse de Maduro foi ilegítima e farsante” (Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo Lula no Congresso, destoou do PT e criticou a posse de Maduro na presidência da Venezuela, depois de ter fraudado as eleições de julho de 2024. “A posse de Maduro foi ilegítima e farsante”. Para ele, “um regime que desrespeita os Direitos Humanos, o poder alternativo e não respeita a soberania popular, é um regime autoritário. Portanto, é dever de todo democrata condenar qualquer ditadura, seja de direita ou de esquerda”, disse.

Efeito Dilma

O atual governo está flertando com o perigo. Exatamente como aconteceu com Dilma, Lula está congelando o preço dos combustíveis, provocando um rombo nas contas da Petrobras. O preço da gasolina não sobe desde julho, quando teve um aumento de 7,04%. Para os preços do diesel, a defasagem é ainda maior: a última alteração nos valores do combustível aconteceu em dezembro de 2023, com uma redução de 7,8%. Como os preços dos combustíveis são cotados em dólar, a defasagem da gasolina é de 10% e a do diesel, 16%, segundo cálculos da Associação Brasileira de Combustíveis (Abicom). Da última vez que a Petrobras reajustou a gasolina,
a defasagem estava em 20%.

Frear a inflação

O objetivo de Lula é frear a inflação, como Dilma também tentou, mas depois essa política não deu certo e seu governo levou o país a uma grande recessão. O problema é que, mesmo tentando segurar artificialmente os preços, a inflação está extrapolando o teto da meta, criando intranqüilidade ao mercado.

União instável

A menos de dois anos das eleições de 2026, os partidos que já estão unidos em federações, como é o caso do PSDB ao Cidadania; do PT ao PCdoB e PV; e do PSOL à Rede, não estão nada felizes com os casamentos que terminam em meados do ano que vem. E querem arrumar novos parceiros. Os principais partidos que procuram uma noiva é o MDB, PSDB e PSD.

(José Cruz/Agência Brasil)

Dotes das noivas

O PSD de Kassab, que o tem o maior fundo eleitoral e o maior número de prefeitos, deseja se unir ao PSDB, que, por sua vez, quer se fundir ao Solidariedade e ao MDB. O PSDB de Aécio e Perillo é o mais cortejado. O MDB de Baleia Rossi está passando a perna em Kassab para casar primeiro com os tucanos, que na década de 80 já foram um partido só.

Saia justa no PT

(Divulgação)

Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente nacional do PT, nunca foi sinônimo de unanimidade. Pelo contrário. A última confusão em que se meteu foi defender os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos por envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A ministra Anielle Franco quer que a comissão de ética o expulse da legenda.

Toma lá dá cá: Eduardo Santos, da EF Education First para Brasil e LATAM

Eduardo Santos, general manager da EF Education First para Brasil e LATAM (Crédito:Divulgação)

Qual a importância da fluência em inglês nos negócios?
Cerca de 85% das empresas globalmente conectadas utilizam o inglês como idioma de negócios. A fluência abre portas para mercados internacionais.

Por que há uma queda na fluência do idioma?
De acordo com o Índice de Proficiência em Inglês 2024 da EF Education First, 60% das 116 nações analisadas apresentaram queda na proficiência em inglês. Esse declínio global está relacionado a fatores socioeconômicos.

Quais são as ferramentas disponíveis para melhorar o aprendizado do inglês?
Para desenvolver a fluência, é necessário combinar conhecimento teórico e prático, expondo os alunos a situações que eles enfrentarão no ambiente de trabalho.