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Masp encerra o ano com exposição que destaca a diversidade LGBTQIA+

Mostra com mais de 150 obras, exibe serigrafia e vídeos que celebram a proposta de dar visibilidade a artistas LGBTQIA+

Crédito: Angela Jimenez

A fotógrafa Angela Jimenez faz impressão arquivística a jato de tinta sobre papel (Crédito: Angela Jimenez)

Por Ludmila Azevedo

Com três atrações recém-inauguradas, o Masp, em São Paulo, encerra seu 2024 marcado por uma proposta curatorial que colocou em destaque artistas relevantes e historicamente invisibilizados da comunidade LGBTQIA+. Durante todo o ano, a programação do museu valorizou a arte e o legado de nomes como Francis Bacon, Mário de Andrade, Catherine Opie, Lia D Castro, Leonilson, dos coletivos Gran Fury e Serigrafistas Queer, da coleção MASP Renner, bem como mostras na Sala de Vídeo de Masi Mamani/Bartolina Xixa, Tourmaline, Ventura Profana, Kang Seung Lee e Manauara Clandestina. Histórias da Diversidade LGBTQIA+reúne cerca de 150 obras de arte e centenas de documentos nacionais e internacionais, ocupando três espaços expositivos do museu.

A mostra é organizada em oito núcleos:
● Amor e desejo;
● Ícones e musas;
● Espaços e territórios;
● Ecossexualidades e fantasias transcendentais;
● Sagrado e profano;
● Abstrações;
● Arquivos;
● e Biblioteca Cuir.

Fica em cartaz até 13 de abril de 2025. As outras mostras são Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades, e a exibição de cinco vídeos de Manaura Clandestina. Dois desses trabalhos foram exibidos na 60ª Bienal de Veneza. A instalação transita por temas como a identidade travesti, relações de intimidade, moda e fluxos migratórios. Até 26 de janeiro de 2025.

Público pode participar

(Eduardo Ortega)

Essa é a primeira exposição do coletivo argentino, que surgiu em 2007. “A mostra é uma maneira de propor para o público novas discussões sobre arte, como o trabalho de coletivos e o debate sobre autoria. As Serigrafistas Queer abordam identidades plurais e sexualidades diversas, movimentando a forte tradição da serigrafia na América Latina como um meio de produção artística”, diz a curadora Amanda Carneiro. Em cartaz até 16 de março de 2025.

Para Ler

Drácula, de Bram Stoker, acaba de vencer o prêmio Aloísio Magalhães, da Fundação Biblioteca Nacional, pelo projeto gráfico da nova edição. Publicada pelo selo Amacord, concretizou no imaginário coletivo o vampiro moderno.

Para Ver

(Divulgação)

Quebrando Mitos, dirigido por Fernando Grostein Andrade e Fernando Siqueira, chega ao Canal Brasil no dia 30. O documentário é focado na masculinidade frágil do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob o ponto de vista de um casal LGBT.

Para ouvir

(Divulgação)

Lançado há 50 anos, Elis & Tom celebra o encontro de dois dos maiores nomes da música brasileira. Com arranjos inovadores de César Camargo Mariano, o álbum tem 14 faixas e, além de sua beleza, foi marcado por conflitos entre os artistas.

Teatro
Representatividade em cena

(Matheus Alves)

Depois de temporadas de sucesso em Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, Makeda — A Rainha da Arábia Feliz, com texto e direção de Allex Miranda, promete conquistar o público em São Paulo. O musical conta a história de uma princesa africana predestinada a se tornar a grande Rainha de Sabá. Ela foi educada pelo seu sábio trisavô, que apresenta a ela importantes lições de vida a partir de A Trilogia das Arábias. Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, de sexta a domingo, até o dia 26 de janeiro de 2025.

Concerto
Solista prestigiado

(Divulgação)

Emmanuel Pahud é um dos mais importantes solistas de flauta na atualidade e integra a Filarmônica de Berlim. O artista é convidado da Osesp para os concertos que marcam o encerramento da Temporada 2024. Sob a batuta de Thierry Fischer, a música de Frank Martin inicia o programa. Pahud faz a primeira audição latino-americana do Concerto para flauta, Lux Stellarum, do estoniano Erkki-Sven Tüür. O Coro da Osesp une-se à Orquestra para fechar os concertos com O Messias: Abertura e Aleluia, de Händel. Dia 21, às 16h30, na Sala São Paulo.

Filme
Questionar o colonialismo

(Divulgação)

Dahomey., vencedor do Urso de Ouro em Berlim de 2024, está em cartaz na plataforma Mubi. O documentário tem direção da franco-senegalesa Mati Diop. Realizado em 2021, o filme aborda 26 tesouros reais do Reino de Daomé, que foram saqueados pelas tropas coloniais da França, em 1892. Enquanto esses artefatos estão prestes a retornar ao seu local de origem – atualmente a República do Benim – Diop faz um questionamento sobre a forma de como devem ser recebidos num país que se reinventou com essas ausências.

Exposição
Referências do rap

(Carlos Miguel Sebastião da Silva)

Racionais MC ‘s — O Quinto Elemento presta homenagem a um dos grupos mais influentes do rap brasileiro, explorando a origem, trajetória e o universo criativo de Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay. Dividida em eixos temáticos, possui um percurso que reflete a força das palavras e energia transformadora em uma experiência imersiva, convidando o público a mergulhar na trajetória coletiva e individual. A curadoria é de Eliane Dias. No Museu das Favelas, em São Paulo, até o dia 31 de maio de 2025.