Montblanc homenageia ‘O Grande Gatsby’ em caneta para colecionadores
Com tiragens limitadas, a Montblanc lança coleções que celebram personalidades de diversos segmentos. Nas artes, foram homenageados de Van Gogh aos Beatles. A última novidade é o tributo ao personagem Jay Gatsby, do romance de F. Scott Fitzgerald
Por Ludmila Azevedo
Nick Carraway é um jovem recém-chegado em Long Island, Nova York, na década de 1920, e fica fascinado pela vida luxuosa de seu vizinho, Jay Gatsby. Ele é o narrador desta trama, que gira em torno da paixão do protagonista por Daisy Buchanan. Ela está casada com um milionário e Gatsby vai tentar reconquistá-la. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, disseca a alma da cultura norte-americana. Tornou-se a obra-prima de seu autor, ganhou versões para o cinema e, agora, homenagem na coleção Great Characters, da Montblanc — uma edição limitada com apenas 1925 canetas (a tiragem faz referência ao ano de publicação do livro).
“A Montblanc tem essa busca por inovar em seus projetos e essa homenagem ao Jay Gatsby foi uma inovação dentro da tradição que a gente já tem, por muitos anos, de fazer esses tributos aos personagens e às personalidades. Essa é a primeira edição limitada dedicada a um personagem fictício, a primeira vez que mergulhamos na obra de F. Scott Fitzgerald para trazer um alguém que personifica muito do que o universo Montblanc representa”, explica a CEO da marca no Brasil, Juliana Pereira.
A equipe combinou elegância e nostalgia neste objeto de desejo para quem escreve.
● Cada topo é decorado com um brasão que traz as iniciais de Jay Gatsby, enquanto o formato do clipe é inspirado em um clipe de dinheiro, uma referência ao significado de prosperidade.
● Já o cone de cada edição é modelado na tampa de rosca de um frasco e remete à era da Lei Seca e ao sucesso dos Bootleggers.
“Nossa equipe, sob o comando do diretor criativo Marco Tomasetta, se aprofundou no personagem e nos simbolismos para criar os detalhes. Conseguimos colocar prismas diferentes do mesmo personagem,” diz a executiva.
Outros ícones
A galeria dos celebrados pela Montblanc é extensa. Da pesquisa ao lançamento, a coleção foi desenvolvida por cerca de dois anos e meio. “Há a validação para cada projeto acontecer. Além de ter a ideia, de vender essa ideia internamente, a gente precisa também passar por toda a etapa legal. Quando é uma homenagem póstuma, é necessário ter o acesso e negociação com uma fundação ou com os familiares. Aí partimos para a etapa mais conceitual e criativa. O processo passa pela funcionalidade porque, por mais que seja uma joia, é um instrumento de escrita”, explica Pereira.
A partir 1992, escritores como Ernest Hemingway, Alexandre Dumas, Agatha Christie e, neste ano, Jane Austen, passaram a ser homenageados. A autora de Orgulho e Preconceito, aliás, tem uma das coleções mais almejadas. Na linha Masters of Art foram reverenciados artistas como Henri Matisse, Vincent Van Gogh e Gustav Klimt. A atriz Marilyn Monroe e a cantora de ópera, Maria Callas, como musas festejadas, também compõem a galeria. As coleções contemplam dos Beatles ao pugilista Muhammad Ali. Ambos transcenderam a música e o esporte, tornando-se referências na luta por um mundo melhor.
Para quem acredita que a escrita à mão esteja em desuso com o avanço das tecnologias, sobretudo com a inteligência artificial, os colecionadores das canetas são a prova contrária. “Nosso público espera ansiosamente pelo homenageado do ano. Mesmo porque nossas homenagens não são óbvias. Teve um colecionador que uma vez me falou que era ‘quase uma caça ao tesouro’ porque você olha para cada edição tentando descobrir quais são as referências, os códigos escondidos. O que os pesquisadores e os designers fizeram para prestar homenagem. É muito legal ver como o colecionador vai além do produto e sente a experiência que ele proporciona. Somos uma comunidade global, amantes da arte e da escrita”, conclui Pereira.