Comportamento

Embraer lança sistema de decolagem automatizado

Com o novo E2, a Embraer revoluciona as decolagens, aumentando a segurança e eficiência enquanto minimiza a intervenção dos pilotos

Crédito: Justin Tallis

Novo sistema de decolagem da Embraer promete mais segurança e eficiência nas aeronaves (Crédito: Justin Tallis)

Por Mirela Luiz

Embora a aviação seja reconhecida como um dos modos de transporte mais seguros e eficientes, a busca pela excelência leva à exploração de tecnologias emergentes. Imagine voos com 100% de segurança, previsibilidade e pontualidade, abrangendo a aviação comercial, defesa e mobilidade aérea. Diversas empresas buscam desenvolver inovações que facilitem as tarefas dos pilotos, reduzam o consumo de combustível e os custos operacionais. Em 1965, o aeroporto de Heathrow, em Londres, marcou um momento histórico ao ver o Trident 1C, da BEA, como o primeiro voo comercial a pousar automaticamente. Quase seis décadas depois, a Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, introduz uma tecnologia semelhante para decolagens, o “E2 Enhanced Take Off System”.

Essa inovação não apenas aumenta a segurança ao reduzir a carga de trabalho dos pilotos,
mas também melhora o alcance e o peso na decolagem, permitindo que os aviões viajem mais longe.

O procedimento de decolagem automatizado é semelhante ao convencional, mas elimina a intervenção do piloto no controle de subida.
O E2 utiliza sensores, software avançado e algoritmos para otimizar o processo de saída do chão, analisando condições como vento e clima em tempo real e ajustando os parâmetros automaticamente.
Isso resulta em melhorias na eficiência do consumo de combustível e na redução da distância necessária para partidas, especialmente em condições adversas.

Além disso, o E2 fornece dados em tempo real que auxiliam os pilotos na tomada de decisões, contribuindo para uma experiência mais segura. A tecnologia integra-se a sistemas de navegação e controle de voo, permitindo uma transição suave para a fase de subida.

Mas isso não representa um movimento em direção à automação total nem implica na remoção de um dos pilotos. A Embraer apenas introduz uma nova fase: a decolagem automatizada. O piloto automático pode ser ativado, mas a autonomia ainda está distante, já que o comandante continua presente e assumirá o controle em caso de falha. “As atualizações anunciadas de novas tecnologias para pilotagem e conectividade são excelentes notícias para nossos clientes e seus passageiros”, afirma Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

A empresa planeja implementar o sistema em aeroportos como London City, na Inglaterra, Florence, na Itália, e Santos Dumont, no Brasil. “Estamos comprometidos com segurança, eficiência, conforto e menores custos aos operadores”, diz Meijer.