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João Barone, dos Paralamas, conta o tempo e os casos

João Barone, baterista de Os Paralamas do Sucesso, revela os bastidores das mais de quatro décadas de carreira da banda

Crédito: Divulgação

João Barone: manifesto em defesa dos bateristas (Crédito: Divulgação )

Por Felipe Machado

Depois de escrever três livros sobre o Brasil e a Segunda Guerra Mundial, João Barone conta a experiência como baterista de uma das bandas mais queridas do País. 1, 2, 3, 4! Contando o Tempo com Os Paralamas do Sucesso é um relato divertido e emocionante narrado em primeira pessoa sobre suas quatro décadas de carreira. “O livro não tem a pretensão de ser uma biografia oficial dos Paralamas”, afirmou o músico à ISTOÉ. “Mas é claro que quando conheci Bi Ribeiro e o Herbert Vianna abriu-se um novo episódio, fabuloso, na minha história. Conto as memórias de alguns dos muitos momentos que vivemos juntos, trajetória que começou de forma ingênua e logo se transformou num foguete.” A capa e o projeto gráfico são de Renata Maneschy, Diretora de Arte de ISTOÉ. Barone fala do fascínio pela bateria e faz uma defesa dos colegas de profissão que, segundo ele, são vítimas de bullying por outros músicos. Lembra ainda episódios na trajetória da banda, como os ensaios na casa da Vovó Ondina, o show no primeiro Rock in Rio, em 1985, e as extensas turnês internacionais. Para os fãs é excelente: ele descreve bastidores das gravações e das amizades com outras bandas de sua geração, como a Legião Urbana e o Barão Vermelho. A narrativa vai até 2002, quando Herbert Vianna sofreu um acidente aéreo com um ultra-leve. Barone promete para breve a segunda parte do livro, de 2002 até os dias de hoje — bons casos não faltarão.

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Os desenhos musicais de Nando Reis

Outro grande músico brasileiro que lança livro é o ex-Titã Nando Reis (foto). Dois anos depois de compor “Pré-Sal”, canção de abertura do seu disco solo Sei, o artista começou a ilustrar cada verso da longa letra em um pequeno caderno. O resultado é um livro bastante pessoal, com desenhos, colagens, fotos e anotações que remetem a sua infância e juventude. “É uma fricção de texturas à espera de decantação”, define o autor.

Para Ler
No famoso ensaio publicado originalmente em 1930, o dramaturgo Samuel Beckett analisa a obra de Marcel Proust, autor de Em Busca do Tempo Perdido. O texto segue como guia para o livro, um dos maiores mitos da literatura modernista.

Para Ver

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Estreia no MAX a aguardada série documental Bob Burnquist: A Lenda do Skate. A produção em quatro episódios revela detalhes da vida e carreira do brasileiro que se tornou um dos maiores skatistas do mundo.

Para ouvir

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O projeto Rhythms Del Mundo lança EP com versões latinas para hits mundiais. As gravações foram feitas por músicos cubanos e têm participação de nomes como Bono, Chris Martin e Sting. A renda será revertida para a ONG APE.

Show
Rock pesado em versão acústica

(Henrique Grandi)

Banda brasileira com uma bem-sucedida carreira no exterior há mais de três décadas, o Angra volta aos palcos do País com uma versão bem mais leve de seu rock pesado. Em formato de superprodução, o show acústico acontece em 17/8 no Espaço Unimed, em São Paulo. Os músicos vão dividir o palco com uma orquestra e convidados especiais. “Nossa ideia é mostrar as músicas em sua essência, despidas dos estereótipos do heavy metal. Mesmo sem esses elementos, elas permanecem ricas e melódicas.”

Musical
Sucesso mundial em São Paulo

O espetáculo da Broadway vencedor de seis prêmios Tony, o Oscar do teatro, chega ao Teatro Liberdade, em São Paulo. O fenômeno Querido Evan Hansen conta a história de Evan, estudante que enfrenta um transtorno de ansiedade e se sente inferior em relação aos colegas, até que uma pequena mentira o coloca no centro das atenções, levando-o a experiências de autodescoberta. A concepção e direção é de Tadeu Aguiar, conhecido pelo bom trabalho à frente de A Cor Púrpura e Beetlejuice — Os Fantasmas se Divertem.

Exposição
Mestre argentino da arte cinética

(Emilie Mathé Nicolas)

A Galeria Nara Roesler, em São Paulo, recebe a mostra Julio Le Parc: Couleurs, com cerca de 50 obras recentes e inéditas do grande mestre da arte cinética. Há pinturas, desenhos, um móbile de grandes dimensões e estruturas luminosas. Ativo aos 96 anos, o artista argentino vive radicado em Paris desde os anos 1950. Entre as obras está um conjunto de treze pinturas da série Alquimias (foto), criações que, vistas de longe, parecem nuvens cromáticas que vibram, e de perto se percebem as mínimas partículas de cor presentes nas composições.

Cinema
Homenagem a diretor no MIS

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O Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, inaugura a mostra O Cinema de Billy Wilder, homenagem a um dos maiores cineastas de todos os tempos. A exposição conta com cartazes, fotografias de bastidores, objetos de cena, figurinos originais usados nas gravações e depoimentos em vídeo de pessoas que conviveram com o diretor. Haverá sessões com a exibição de seus principais trabalhos e a recriação de ambientes de suas obras mais conhecidas, entre elas O Crepúsculo dos Deuses (foto) e Quanto Mais Quente Melhor.