O Rei do Rock está no palco
Com direção de Miguel Falabella, 'Elvis: A Musical Revolution' estreia em São Paulo com Leandro Lima no papel principal
Por Felipe Machado
A velha expressão “Elvis não morreu”, sempre lembrada por seus fãs, representa bem o sentimento que eles têm em relação ao legado do Rei do Rock. E não estão errados: a maior prova de que o interesse por esse personagem da música e do cinema continua mais vivo do que nunca é a quantidade de obras criadas em sua homenagem, quase cinco décadas depois de sua morte. Após inspirar uma série de filmes e biografias, chega ao País Elvis: A Musical Revolution, musical que conta a trajetória do roqueiro e ator que chocou o mundo nos anos 1950. O ator Leandro Lima, conhecido pelo papel de Levi, na novela Pantanal, foi escolhido entre centenas de candidatos.
“Sempre tive vontade de fazer um papel biográfico, dar vida a um ícone dessa dimensão, presente no imaginário de tantas pessoas por décadas. É uma grande responsabilidade e um enorme desafio, mas estou pronto para me entregar a essa missão. É um presente que pretendo dividir com todos os fãs do Rei”, afirma Leandro. Autorizada pelos administradores do espólio de Elvis, a obra traz em sua trilha sonora os grandes sucessos das diversas fases do astro, entre elas “Jailhouse Rock”, “Hound Dog”, “Love me Tender” e “Suspicious Minds”. O espetáculo, que traz Miguel Falabella na direção e adaptação do texto original, estreia em 1o de agosto no Teatro Santander, em São Paulo.
Guimarães interpreta empresário
Além de Leandro como Elvis, o ator Luiz Fernando Guimarães (foto) também está no elenco de Elvis: A Musical Revolution. Ele vai interpretar o Coronel Parker, o poderoso empresário do cantor. Parker era uma figura controversa e misteriosa. Acusado de cometer um crime na Europa, entrou ilegalmente nos EUA e nunca mais deixou o país. Por isso, nunca permitiu que Elvis se apresentasse fora do território norte-americano, apesar dos inúmeros convites.
Para Ler
Fareed Zakaria, um dos jornalistas mais respeitados da atualidade, lança Era das Revoluções — Progresso e Reação de 1600 até o Presente. Na obra, investiga uma série de movimentos que abalaram as normas sociais e moldaram o mundo contemporâneo.
Para Ver
Estrelada pela vencedora do Oscar Natalie Portman, a série de suspense A Mulher no Lago (AppleTV+) é baseada no best-seller de Laura Lippman e narra a história de uma dona de casa que investiga um assassinato sem solução.
Para ouvir
A banda mineira Black Pantera, composta por Charles da Gama, Charne da Gama e Rodrigo Pancho, lança Perpétuo, seu quarto álbum. Em 12 faixas de rock visceral, apresenta um som pesado e forte discurso de combate ao racismo.
Exposição
Paris é uma festa dourada
No ano em que comemora cinco décadas de carreira, o artista visual Roberto Camasmie homenageia a Olimpíada em sua nova exposição. Com 13 obras que recriam símbolos da capital francesa, entre eles a torre Eiffel e o Arco de Triunfo, o pintor utilizou material composto por partículas de ouro para criar uma mostra com o glamour da Cidade-Luz: Paris in Gold, em exibição na galeria que leva seu nome, em São Paulo. A série, que já teve obras inspiradas em Nova York, representará cenas de Roma em sua próxima edição.
Show
O sucesso da Novela musical
A cantora Céu está vendo seu disco Novela, lançado em abril, bater mais de um milhão de reproduções nas plataformas digitais na primeira semana de lançamento. Em 9 de agosto ela apresenta o novo álbum ao vivo, na Áudio, em São Paulo. Produzido por Pupillo e Adrian Younge, reúne 12 músicas e conta com participações especiais de Ladybug Mecca e Loren Oden. “Novela é um roteiro. Assim como a vida de cada um de nós, todo mundo tem a sua. Seu diferencial está nesse aspecto passional e caricato, que eu amo”, afirma Céu.
Dança
Dois clássicos contemporâneos
O Grupo Corpo, uma das mais importantes companhias de dança do País, estará em São Paulo para uma temporada de 15 de agosto a 1º de setembro no Teatro Sérgio Cardoso. O programa tem dois de seus balés mais famosos: O Corpo, com trilha de Arnaldo Antunes, foi criado em 2000 em homenagem aos 25 anos da trupe; Benguelê (1998), música de João Bosco, traz influência da cultura negra, árabe e indígena. Ambas coreografadas por Rodrigo Pederneiras, combinam temas urbanos e telúricos, projetando o mundo contemporâneo e o ancestral.
Documentário
Série homenageia Jô Soares
Um Beijo do Gordo é o nome da série documental em homenagem à vida e carreira do apresentador, humorista e escritor Jô Soares. Divida em quatro episódios, a produção estreia na Globoplay na véspera do aniversário de dois anos da morte do artista, que ocorreu em 5 de agosto de 2022, aos 84 anos. Além de resgatar os personagens mais famosos e suas diversas facetas profissionais, vai exibir entrevistas com personagens pouco conhecidos do público, como sua ex-mulher Flávia Pedras. A direção é de Renato Terra.