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Uma odisseia no deserto

Dirigido por Denis Villeneuve, 'Duna — Parte 2' é um épico com visual futurista e quase três horas de duração

Crédito: Divulgação

Timothée Chalamet: personagem predestinado em 'Duna — ­Parte 2' (Crédito: Divulgação )

Por Felipe Machado

O público fica ansioso quando um estúdio anuncia a sequência de um filme de sucesso. Muitas vezes o resultado é duvidoso, mas, de vez em quando, Hollywood acerta e faz uma continuação ainda melhor que a original. Foi assim com O Poderoso Chefão 2 e O Império Contra-Ataca, da franquia Guerra nas Estrelas. É o caso também de Duna ­­­ Parte 2, que estreia nesse fim de semana. Na esteira do blockbuster de 2021, o filme de Denis Villeneuve é um épico de quase três horas que prende pela história cativante e o visual deslumbrante. A trama se passa quase inteiramente no deserto — na história do cinema, apenas Lawrence da Arábia teve mais cenas filmadas sob o sol escaldante. O roteiro conta a jornada de confirmação de um Messias, interpretado por Timothée Chalamet. Ele e Zendaya são os destaques do elenco. Apesar de ambientada no futuro, a produção remete a um passado vintage e orgânico — basta dizer que o design dos helicópteros é inspirado no voo das libélulas. A obra traz algumas peculariedades ­­— boa parte do filme é falado em um idioma fictício que parece árabe, por exemplo. O único senão é o maniqueísmo dos protagonistas: de um lado, o herói Chalamet, de cabelos longos, é o galã da nova geração; do outro, os vilões têm a cabeça e as sobrancelhas raspadas, e só se vestem de preto – não precisava ser tão explícito.

Wim Wenders no Japão

(Divulgação)

Conhecido por clássicos como Asas do Desejo e Paris, Texas, o diretor alemão Win Wenders volta às telas com um drama sensível e contundente. A trama de Dias Perfeitos (foto) mostra a rotina de um funcionário que limpa banheiros públicos em Tóquio, no Japão. A narrativa percorre caminhos emocionantes até o clímax. Indicado ao Oscar de filme estrangeiro, o destaque vai para Koji Yakusho, eleito o melhor ator no Festival de Cannes 2023.

Para Ler

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A Voz que Ninguém Escutou, de Renan Silva, foi o vencedor da 8a edição do Prêmio Kindle de Literatura. Segundo o júri, a ficção sobre saúde mental “entrelaça uma série de histórias que revelam as diferentes faces da luta pela justiça e o amor”.

Para Ver

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A atriz Millie Bobby Brown, famosa pelo papel de Eleven em Stranger Things, é a protagonista de Donzela, nova série da Netflix. Ela interpreta uma jovem que luta pela sobrevivência após ser oferecida em sacrifício.

Para ouvir

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Nasi, vocalista do Ira!, lança um novo trabalho solo. O disco RockSoulBlues traz regravações de artistas que sempre admirou, de diversos estilos. Entre eles estão Zé Rodrix, Tim Maia, Erasmo Carlos, Jerry Lee Lewis e Martinho da Vila.

Musical
O brilho de Reynaldo Gianecchini

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Sucesso mundial nos palcos e no cinema, Priscilla, a Rainha do Deserto divulgou o elenco da peça que estreia no Teatro Bradesco, em São Paulo, em 7 de junho. O destaque vai para a confirmação de Reynaldo Gianecchini, que interpretará a drag queen Anthony “Tick” Belrose. Dirigido por Mariano Detry, com direção musical de Jorge de Godoy, a obra é baseada na comédia de 1994, do diretor Stephan Elliott, que conta a história dos desafios e aventuras que três artistas encaram para conseguir fazer um show no meio do deserto.

Teatro
Festival mundial nos palcos

(Thomas Müller)

Com o olhar da curadoria voltado para espetáculos da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo — MITsp celebra uma década de existência com dez espetáculos inéditos no Brasil. A abertura do evento será dia 1º de março, no Sesc Pinheiros, com a apresentação da peça sul-africana Broken Chord (foto). Criada por Gregory Maqoma e Thuthuka Sibisi, reúne elementos da dança tradicional da etnia Xhosa e sua temática aborda questões como migração e colonialismo. Em cartaz até 10/3.

Rock
Ícones dos anos 1990 em festa

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A primeira edição do festival I Wanna Be Tour abraça gerações dos anos 1990 e 2000 e homenageia uma cena que conquistou o público com letras emotivas e som repleto de guitarras. Estarão juntos, entre outros, os grupos norte-americanos Simple Plan (foto), A Day To Remember e The All-American Rejects, além dos brasileiros NX Zero, Pitty e Fresno. Os shows acontecem em São Paulo (2/3), Curitiba (3/3), Recife (6/3), Rio de Janeiro (9/3) e Belo Horizonte (10/3). Crianças a partir de cinco anos podem entrar acompanhadas dos pais.

Exposição
Meio século de arte contemporânea

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A mostra Galeria Raquel Arnaud ­— 50 anos marca meio século da tradicional galeria paulistana. Com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, a exposição apresenta 40 obras, momentos decisivos da arte contemporânea brasileira desde a década de 1970. É um resumo da trajetória de Raquel Arnaud, marchand que trabalhou com artistas como Amilcar de Castro, Mira Schendel e Waltércio Caldas, entre outros. “Pela primeira vez em meio século, a atenção não será tanto para as obras em si, mas para a história da galeria”, afirma Visconti.