A reconstrução do PSDB

Crédito: Mateus Bonomi

Perillo terá que começar PSDB do zero: partido rachado (Crédito: Mateus Bonomi )

Por Germano Oliveira
Colaborou: Marcos Strecker

O PSDB já foi o maior partido brasileiro. Na época em que Fernando Henrique governava, na década de 90, a bancada da sigla na Câmara era superior a 100 parlamentares. Dava as cartas no Congresso. Tinha mais de 8 governadores e dominava o cenário paulista, onde governou por 28 anos seguidos, a começar por Mário Covas. Mas, erros após erros, a agremiação virou nanica. Hoje tem 13 deputados e só três governadores e, mesmo assim, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, está pulando fora. Eduardo Leite (RS), que passou uma rasteira em João Doria (SP), rachou a sigla e não conseguiu gerir o tucanato. Agora, Marconi Perillo (GO) foi eleito para continuar tocando o barco, tentando reconstruir o que sobrou da instituição partidária, até então a mais organizada do País.

Leite

Perillo promete unir as diversas correntes que dividem a agremiação, que ainda sofre forte influência de Aécio Neves. Ele quer ser candidato ao governo de Minas em 2026. Melhor assim, pois deixa espaço para Eduardo Leite disputar a Presidência da República em 2026. Pelo menos é isso que Perillo quer. Acha que o PSDB tem que ter candidato sempre.

Oposição

Ele faz questão de dizer que os tucanos farão oposição ao governo. “O partido é oposição por convicção”, explica Perillo, ressalvando que apoiará medidas do governo que forem para o bem do País. Para ele, contudo, o gasto público de Lula está exagerado. “Se o governo não tomar providências do ponto de vista fiscal, poderá ter crises sérias.”

A mais nova senadora

(Marcos Oliveira)

A enfermeira Ana Paula Lobato, de 39 anos, é a mais nova senadora brasileira. Suplente de Flávio Dino, ela assumirá o cargo em definitivo no início do ano que vem, embora já estivesse desempenhando a função do ministro da Justiça desde o início de 2023, quando ele deixou o Congresso para entrar no governo Lula. Ana Paula é esposa de Othelino Neto, do PCdoB, ex-presidente da Assembleia do Maranhão.

Rápidas

• Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues estão em guerra por conta das disputas que travam pelo Amapá, o estado onde ambos residem. O quadro agravou-se por conta de reunião de Lula com o governador Clécio Luiz. Organizado por Davi, Randolfe nem foi avisado do encontro.

Como um dos maiores acionistas da Petrobras, o governo alterou o estatuto da estatal e suprimiu o dispositivo que prevê o cumprimento de quarentena para políticos poderem ocupar cargos na empresa: abriu a porteira.

O protagonismo pela renegociação da dívida de MG com a União, em torno de R$ 165 bilhões, está provocando atritos entre o governador Romeu Zema e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Amigos até recentemente, nem se falam.

Arthur Lira não dá ponto sem nó. Está articulando com a mesa diretora da Câmara um jeito de recompor o orçamento secreto para manipular as emendas parlamentares, que estão proibidas pela STF desde dezembro de 2022.

Retrato falado

“Se tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora é de confusão” (Crédito:Ricardo Stuckert / PR)

Lula nunca negou sua proximidade com Nicolás Maduro. Tanto que o venezuelano foi um dos primeiros a ser recebido pelo brasileiro logo que assumiu. Isso não significa, porém, que o petista esteja feliz com a decisão do ditador de realizar um plebiscito para receber o aval da população para invadir a Guiana e anexar 70% do seu território. Ao comentar o resultado da consulta popular, Lula disse que tudo o que a América do Sul não precisa neste momento é de confusão.

Desemprego em queda

Haddad continua colhendo frutos de sua política econômica. Desta vez é o desemprego que está em queda, num dos níveis mais baixos desde 2014, quando teve início a recessão provocada pelo governo Dilma. A taxa de desemprego recuou para 7,6% no trimestre até outubro, segundo levantamento divulgado pelo IBGE. Em outubro de 2014, a taxa foi de 6,7%. Economistas lembram que o volume de empregos está aumentando porque nesta época do ano as empresas aumentam as contratações por causa das vendas do final do ano, mas, mesmo assim, isso não deixa de ser um indicador positivo. Técnicos do IBGE justificam que a melhoria no nível de emprego vem da recuperação da economia.

Toma lá dá cá: Zenaide Maia, senadora pelo PSD-RN

Zenaide Maia (PSD-RN) (Crédito:Divulgação)

Qual a importância da lei sancionada pelo presidente Lula instituindo um salário mínimo para pessoas com hanseníase?
A nova legislação institui pensão especial às pessoas com hanseníase submetidas compulsoriamente a isolamento ou internação até 1986 em seringais, casas e hospitais-colônia.

A doença é incurável?
Tem cura e o tratamento é feito com medicamentos fornecidos de graça pelo SUS. Conforme o Movimento de Reintegração dos Acometidos pela Hanseníase, cerca de 15 mil pessoas podem ser beneficiadas pela nova lei.

Por que essa indenização?
Estamos fazendo uma reparação histórica porque o Estado brasileiro agora se retrata simbolicamente, apesar de dinheiro algum apagar a dor dessas famílias.

Cem milhões em ação

Outro fator positivo é que, pela primeira vez na história, o Brasil alcançou a marca de 100,2 milhões de trabalhadores empregados. Até agora, o número mais alto havia sido atingido em julho, com 99,3 milhões de pessoas contratadas com carteira assinada, o que representou um aumento de 862 mil novas vagas.

A estratégia da Aurora

Após enfrentar problemas com fornecedores, a Cooperativa Vinícola Aurora está adotando uma série de programas estratégicos de ESG, iniciativas que englobam o gerenciamento de temas relacionados aos fatores ambientais, sociais e de governança.“O objetivo é dotar a empresa das melhores práticas de mercado”, diz Renê Tonello, presidente do grupo.

Escritório de advocacia

Para comandar o processo de transformação, a Aurora contratou o escritório Cabanellos Advocacia. Com vasta experiência na área, os advogados farão a coordenação e a avaliação de materialidade em temas ESG dentro das práticas de recomendação nacional, incluindo compliance e sustentabilidade. A primeira fase das estratégias vai até março de 2024.

Bolsonarismo junta os cacos

(Divulgação)

Cláudio Castro está fazendo das tripas coração para unificar o bolsonarismo em torno do seu candidato a prefeito em 2024, com o objetivo de enfrentar o favorito Eduardo Paes. O governador está procurando fortalecer o nome ado deputado Alexandre Ramagem, que tem apoio da família do ex-presidente. O problema é que Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia, quer Rodrigo Amorim.