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Gal Costa em início de carreira

'Meu Nome é Gal', cinebiografia sobre a cantora que marcou o Tropicalismo, tem como destaque a atriz Sophie Charlotte

Crédito: Divulgação

Sophie Charlotte como Gal: garota tímida virou musa do Tropicalismo (Crédito: Divulgação)

Por Felipe Machado

Mais uma cinebiografia inspirada em um ícone da música brasileira chega às telas. Meu Nome é Gal, das diretoras Dandara Ferreira e Lô Polliti, conta o início da carreira de Gal Costa (1945-2022), quando a cantora baiana chegou no Rio de Janeiro apadrinhada por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. Com ótima atuação de Sophie Charlotte — a atriz ainda canta algumas músicas, com boa voz —, o longa aborda fatos ocorridos entre 1966 e 1971. Registra, portanto, o início do Tropicalismo, movimento que uniu ritmos da MPB aos instrumentos do rock, entre eles a guitarra elétrica.

Em cena, Gal vive a transformação de garota tímida em musa e principal voz feminina do estilo liderado por Caetano e Gil. O roteiro lembra um episódio bastante curioso: a escolha do nome artístico da cantora. O empresário Guillherme Araújo teria recusado seu nome verdadeiro, Maria da Graça, e também seu apelido, Gracinha, por serem muito “comuns”. Optaram por “Gal”, a forma carinhosa como os amigos a chamavam.

Caetano, porém, temia que o nome pudesse ser associado à ditadura, uma vez que “gal” é a abreviatura de “general”. Ao optar por “Gal Costa”, o músico baiano alertou que “já havia um general Costa”, referindo-se ao temido Arthur da Costa e Silva. Mas Caetano foi vencido: o nome Gal Costa colou — e hoje ele é associado, sem qualquer sombra de dúvida, somente a uma grande artista.

Vai começar a 47a edição da mostra

(Divulgação)

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo chega à 47a edição repleta de filmes premiados em festivais internacionais. Anatomia de uma Queda (foto), de Justine Triet, longa que abre o evento, venceu a Palma de Ouro em Cannes. Outro destaque é No Adamant, ganhador do Urso de Ouro, em Berlim. Afire, que venceu o Urso de Prata, também está na programação. A Mostra homenageia o cineasta carioca Júlio Bressane e o sérvio Emir Kusturica. Sessões de 19/10 a 1/11.

Para Ler

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Geralmente lembrado por seus versos de amor, Vinicius de Moraes surge irreconhecível na interessante antologia 50 Poemas Macabros. A obra inclui textos inéditos que tratam de cemitérios e fantasmas, em um estilo fúnebre que remete a Augusto dos Anjos.

Para Ver

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Chega aos cinemas o novo capítulo de uma franquia infantil de grande sucesso: Trolls 3 – Juntos Novamente reúne mais uma vez o casal Anna Kendrick e Justin Timberlake nas vozes do casal de protagonistas. A direção é de Walter Dohrn.

Para ouvir

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A cantora Pitty celebra os vinte anos de seu disco de estreia com uma coletânea de regravações feitas por outros artistas. Admirável chip Novo (Re)Ativado traz Ney Matogrosso cantando “Máscara” e Emicida em “Teto de Vidro”, entre outros.

Televisão
A história do falso médium

(Pedro Figueiredo)

Com Marco Nanini no papel principal, a série João Sem Deus – A Queda de Abadiânia é inspirada na história do líder religioso João de Deus. Durante anos sua suposta mediunidade atraiu fiéis de todo o mundo. Uma investigação, no entanto, revelou que ele abusava de mulheres, fato que o levou a ser condenado a mais de 100 anos de prisão por crimes sexuais. A coprodução internacional de Brasil e Portugal é dirigida por Marina Person e tem Bianca Comparato e Karine Teles no elenco. Estreia no Canal Brasil em 13/10.

Making of
Talentos por trás das câmeras

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Chega ao canal Curta! uma produção inédita sobre os profissionais responsáveis pelo visual de filmes que marcaram a história do cinema brasileiro. Em dez episódios, Diretores de Arte combina depoimentos e cenas das produções citadas, com boas histórias de bastidores. No primeiro capítulo, Cassio Amarante (foto) fala sobre seu trabalho em Xingu e O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias. Participam ainda nomes como Luciana Quartaruolo (Medianeras) e Cláudio Amaral Peixoto (Lisbela e o Prisioneiro), entre outros.

Exposição
Museus unidos para homenagem

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O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e o Museu Afro Brasil Emanoel Araújo se unem para apresentar a exposição “Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira”. Com curadoria de Claudinei Roberto da Silva, a mostra reúne pinturas, fotografias e esculturas de mais de 30 artistas afrodescendentes brasileiros, entre eles a obra Sem Título (foto), de Maria Lídia Magliani. A mostra revisita o legado da exposião homônima de 1988, ano do centenário da abolição da escravatura.

Vídeo
Produções de todo o mundo

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Em cartaz no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, a 22ª Bienal Sesc_Videobrasil — A Memória é uma Ilha de Edição reúne mais de 100 obras de vídeos em grande escala, entre eles Raised in the Dust, de Andro Eradze. Os vídeos foram criados por 60 artistas da África, das Américas, Ásia, Europa, Oriente Médio e Oceania. Entre as temáticas abordadas está o mundo pós-pandêmico e reflexões sobre a própria história do evento criado em 1983, que completa quatro décadas.