Motor Show

Compra do ano 2024 – hatch urbano: Citroën C3

Um “micro-SUV” com bom espaço e preço atraente nas versões de entrada

Crédito: Divulgação

Novo Citroën C3: entre os city car, é o que mais lembra um SUV (Crédito: Divulgação)

Eles são os carros mais baratos do Brasil. Com medidas contidas – disputam aqui apenas os modelos com menos de quatro metros de comprimento –, fazem tanto o papel de city car, prático para a cidade, quanto de “popular”. Podem ser o primeiro carro de um jovem ou para quem sonha com a tranquilidade de um zero-quilômetro e não pode pagar mais. Desde o fim do excelente, porém caro, Volkswagen Up, revezaram como vencedores os dois únicos remanescentes a combustão: Fiat Mobi e Renault Kwid.

Mas o novo Citroën C3 chegou para mudar as coisas, e levou com facilidade o prêmio. Parte de R$ 3 mil a mais que os rivais, com enorme vantagem no porte, sem ficar grande demais: são 3,98 metros, 30 cm a mais que no Kwid e 39 a mais que no Mobi.

E as medidas são bem aproveitadas, com espaço maior no banco traseiro – inclusive acomodando bem cadeirinhas infantis – e um porta-malas similar ao do Jeep Renegade, com 315 litros.

A lista de equipamentos é limitada, como nos rivais (nenhum deles têm multimídia na versão de entrada), mas a opção Live Pack já melhora as coisas.

Claro que o acabamento é simples (de plástico, mas bonito) e há soluções para corte de custos, como comandos dos vidros traseiros entre os bancos e ausência de conta-giros – compensada pelo indicador de troca de marchas.

Outro destaque é a pegada de “micro-SUV”: embora o Kwid tenha sido lançado como “SUV dos compactos” e o Mobi tenha a versão aventureira Trekking, é o C3 que mais lembra um SUV, tanto pelas formas quanto pela altura do solo e robustez das suspensões – mérito da ótima (e mais moderna) plataforma CMP.

Na mecânica, o motor 1.0 três cilindros trabalha com pouca vibração e ruído e tem só 71 cv, mas surpreende pela disposição em subidas, graças às boas relações das primeiras marchas, e não se saiu mal na estrada.

No entanto, os engates do câmbio manual deveriam ser mais precisos, e o consumo é um pouco mais alto que no Kwid, embora ainda seja fácil marcar 14 km/l na cidade e 17 na estrada. Há, ainda, a versão 1.6, apenas com opção automática, mas, pelo preço, não vale tanto a pena.

› VERSÕES

Live 1.0 MT R$ 72.990
Live Pack 1.0 MT R$ 80.990
Feel 1.0 MT R$ 83.990
Feel 1.6 Pack AT R$ 97.990

› Potência 71 ou 113 cv › Porta-malas 315 litros › Consumo A (1.0) › Versão indicada Live Pack