Coluna

2026 poderá ser melhor

Crédito: Divulgação

Ricardo Kertzman: "Se errarmos outra vez, em 2026, temo jamais ver a nação livre das amarras ideológicas de extremistas como Jean Wyllys e Carla Zambelli" (Crédito: Divulgação)

Por Ricardo Kertzman

Um país como o Brasil, que não abandona o passado, mantendo, eleição após eleição, os mesmos vícios que nos atrelam ao subdesenvolvimento social e econômico, ensaia, ainda que modesta e embrionariamente, passos para um pleito presidencial bem melhor daqui a três anos.

Sim, é mais do que prematura e precipitada essa minha percepção, mas ao assistir aos recentes movimentos de possíveis candidatos, entre eles Romeu Zema, governador de Minas Gerais, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, permito-me tal otimista ilação.

Romeu Zema, ou Chico Bento para os íntimos, hehe, com escorregões ideológicos aqui e acolá, e ainda ligações desnecessárias com os estertores do bolsonarismo extremo, desponta como liderança, senão nacional, do sudeste brasileiro (maior colégio eleitoral do País), fazendo movimentos responsáveis em direção ao governo federal.

Tarcísio de Freitas, por sua vez, ensaia cuidadosos passos contrários a Jair Bolsonaro, mantendo a política da boa vizinha com ambos os lados (direita e esquerda), e promovendo-se como “estadista” ao apoiar publicamente e politicamente, por exemplo, a reforma tributária em curso no Congresso Nacional.

Por fim, mas não menos importante, vale destacar a postura, até então, equilibrada e sensata de Fernando Haddad, um fracasso retumbante como ministro da Educação e, principalmente, prefeito de São Paulo, liderando importantes vitórias do atual governo, que servirão de pilar para uma boa administração.

Espero não ver candidaturas como Janja, pelo lulopetismo, e Michelle, pelo bolsonarismo

Juntos e separados, os três nomes trazem uma lufada de ar fresco e, sim, esperança em uma eleição menos polarizada, mais respeitosa e, sobretudo, proveitosa para o País. Os extremos não têm pautas, apenas ódio e sede por brigas contraproducentes, e precisam ser extirpados eleitoralmente o quanto antes.

Espero, sinceramente, não assistir candidaturas no sentido contrário, como Janja, pelo lulopetismo, e Michelle, pelo bolsonarismo, que não apenas manteriam o Brasil no mesmo péssimo lugar, como inibiriam novamente o surgimento de lideranças melhores e mais benéficas ao País.

E não, caros e caras, isso não tem nada a ver com a tal natimorta terceira via, mas com a única (boa) via. Se errarmos outra vez, em 2026, temo jamais ver a nação livre das amarras ideológicas de extremistas como Jean Wyllys e Carla Zambelli — apenas para citar exemplos crassos daquilo que atrasa a política no Brasil.