Divirta-se

O lado romântico da carioca Iza

Com seu segundo álbum, 'Afrodhit', a cantora valoriza as letras pessoais em canções dançantes de rap e R&B

Crédito: MarVin

Iza: repertório é declaração de guerra ao machismo (Crédito: MarVin)

Por Felipe Machado

O termo Afrodhit, que batiza o segundo e mais recente álbum da cantora Iza, foi inspirado em um ser que nasceu no centro da Terra, mas foi viver as conquistas e problemas do universo urbano. É um trocadilho triplo: combina “Afrodite”, a deusa grega do amor, com a expressão “afro”, da influência africana, e “hit”, das canções que entram para as paradas de sucesso. A sonoridade das treze novas faixas apresenta todos esses elementos, mas traz um toque a mais: o feminismo e a valorização da mulher. O machismo é o inimigo declarado e está presente em quase todas as letras. É por isso que a carioca de 32 anos, nascida e criada no bairro do Olaria, zona norte do Rio de Janeiro, define o disco como “o mais feminino e pessoal” de sua carreira. Iza começou a conquistar o público em 2018, com Dona de Mim, seu trabalho de estreia.

“Me sinto mais confortável para ser quem eu quero e falar coisas que não disse antes”, afirma. Há uma boa variedade de ritmos, mas o que predomina é mesmo o rap e o R&B inspirado em nomes como Beyoncé e Alicia Keys. Destaque para a faixa de abertura, Nunca Mais, inspirada nas cantoras Sade e Kali Uchis. “É uma música a respeito da intensidade dos relacionamentos”, afirmou. Iza, que hoje é jurada do programa The Voice Brasil, da TV Globo, convidou jovens artistas para dividir o microfone. É o caso de Russo Passapusso, do Bayana System, que está em Mega da Virada, e Djonga, que participa de Sintoniza. “É um som super radiofônico e para lá de romântico”, define a carioca.

Manifesto feminista

(Divulgação)

Empolgada com o novo repertório de Aphrodhit, Iza explicou a origem das composições. A faixa Exclusiva é sobre o reencontro com o amor: “A gente fala que nunca mais vai querer se envolver a sério com ninguém, mas as coisas acontecem. Fiquei encantada com uma situação assim, então decidi escrever a respeito.” A cantora também falou sobre as fotos sensuais que ilustram o material: “É uma jornada musical que se molda na forma de mulher”, afirmou.

Para Ler


Os Cunningham são um clã típico, mas possuem uma característica curiosa: todos já cometeram assassinatos. O divertido Todo Mundo da Minha Família já Matou Alguém é o livro de estreia do comediante norte-americano Benjamin Stevenson.

Para Ver

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Uma obra essencial da nossa literatura ganha nova versão cinematográfica. Capitu e o Capítulo, com Mariana Ximenes e Enrique Díaz, é uma adaptação de Dom Casmurro, de Machado de Assis, realizada pelo diretor Júlio Bressane.

Para ouvir

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Radicado em Nova York, o baterista paranaense Sam Martinelli celebra o encontro de ritmos internacionais com clássicos da música brasileira. Em parceria com Ken Peplowski, ele lança o ábum Jazz Meets the Great Brazilian Songbook.

CINEMA

O sonho da imigração europeia

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Aclamado pela crítica como uma obra incendiária e poética, Disco Boy: Choque Entre Mundos foi premiado no Festival de Berlim com o Urso de Prata de Melhor Contribuição Artística. Estrelado pelo alemão Franz Rogowski e dirigido por Giacomo Abbruzzese, o longa conta a história de um imigrante bielorrusso que sonha com a cidadania francesa. Após chegar em Paris, ele se alista na Legião Estrangeira com a promessa de obter o visto de permanência. A trama inclui ainda um guerrilheiro africano que dificultará essa tarefa.

SÉRIE

Segredos da epidemia de opioides

(Cr. Keri Anderson/Netflix © 2023)

O vício em medicamentos analgésicos é uma epidemia que já provocou milhares de vítimas em todo o mundo. A série Império da Dor, em cartaz na Netflix, narra a investigação feita pelo FBI contra Richard Sackler (Matthew Broderick), herdeiro da gigante farmacêutica Purdue Pharma. O executivo é acusado de esconder o potencial efeito destrutivo do OxyContin, um dos remédios mais populares de sua empresa. A produção traz direção de Peter Berg e é inspirada no livro Painkiller: The Empire of Deceit, de Barry Meier.

EXPOSIÇÃO

Cenas do Centro de São Paulo

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Após uma década sem expor, a mostra Desenhos e Pinturas marca o retorno de Gregório Gruber, artista nascido em Santos, litoral paulista. Entre pinturas e esculturas, os 43 trabalhos inéditos produzidos nos últimos três anos retratam cenas urbanas de locais conhecidos da capital paulistana. A exposição na galeria São Paulo Flutuante terá ainda a exibição do documentário Gregório no Centro, com cenas do artista em estúdio e imagens de seus cinquenta anos de carreira.

TEATRO

Uma experiência imersiva

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Um dos dramaturgos mais criativos do País está com novo espetáculo em cartaz: Felipe Hirsch apresenta Autorretrato, peça que ocupará os três andares do Central 1926, edifício histórico no centro de São Paulo. A produção inclui nomes de peso, entre eles o estilista Alexandre Herchcovitch e a diretora de arte Daniela Thomas. “A obra busca proporcionar uma experiência imersiva única. É um convite para olhar para si mesmo e reconhecer a própria singularidade”, diz Hirsch.