Divirta-se

Para a rainha do samba-canção

O álbum Maria Marcella Canta as Dores de Dolores Duran é uma homenagem à talentosa compositora brasileira

Crédito: Clarissa Ribeiro

Maria Marcella: Dolores Duran foi sua referência como artista e mulher (Crédito: Clarissa Ribeiro)

Por Felipe Machado

A carioca Maria Marcella nasceu em dezembro de 1992, trinta e três anos após a morte da cantora que se tornaria a sua maior influência artística. Mais do que uma referência musical, Dolores Duran foi, para ela, uma inspiração como mulher. De personalidade forte e muito à frente de seu tempo, Dolores, nome artístico de Adiléia Silva da Rocha, se impôs como compositora numa época em que a maioria das mulheres ocupava apenas o lugar de coadjuvantes. Em homenagem à essa artista icônica do samba-canção, a gravadora Kuarup lança Maria Marcella Canta as Dores de Dolores Duran, álbum com nove faixas produzidas e arranjadas por Patrick Angello.

O disco traz releituras de clássicos como A Noite do Meu Bem, O Amor Acontece e Por Causa de Você, parceria de Dolores e Tom Jobim, entre outros. “Ela tem uma importância enorme para a música brasileira. Viveu apenas 29 anos, mas quebrou paradigmas, cantando na noite e em lugares que nunca haviam recebido mulheres”, afirma a cantora. “Era ainda uma mulher negra e uma compositora talentosa num tempo em que havia pouquíssimas mulheres compondo”.

Em seu EP anterior, a jovem e talentosa Maria Marcella havia celebrado a obra de outros brasileiros de destaque: Canta João, de 2022, foi dedicado ao repertório de João Bosco, João Donato e João Gilberto.

Lançamento no rio de janeiro

Dolores Duran: compositora numa época em que a maioria das mulheres ocupava apenas o lugar de coadjuvantes (Crédito: Divulgação)

Se Dolores Duran (foto) estivesse viva, ela completaria 93 anos em 7 de junho de 2023. Um dias depois, em 8 de junho, Maria Marcella fará o show de lançamento do seu novo álbum. E na casa noturna que leva o nome da homenageada: o Dolores Club, no Rio de Janeiro. Entre as canções do repertório, sua favorita é Por Causa de Você. “Além de ser uma das mais conhecidas, é a que eu mais gosto. É um amor que reaparece e faz com que eu me apaixone de novo”, diz ela.

Para Ler

(Divulgação)

Uma intelectual feminista que reflete sobre a vida enquanto caminha pelas ruas de Manhattan: Uma Mulher Singular, de Vivian Gornick, é a sequência de Afetos Ferozes, eleito o melhor livro de memórias dos últimos 50 anos pelos leitores do New York Times.

Para Ver

Tom Holland (Divulgação)

Baseada em uma história real, a série Entre Estranhos (AppleTV+) narra a vida de Danny Sullivan (Tom Holland), um adolescente preso após trocar tiros com a polícia, em 1979. A investigadora é interpretada pela atriz Amanda Seyfried.

Para ouvir

Tuia: projeto vencedor (Crédito: Leonardo Rodrigues)

O projeto Versões de Vitrola deu tão certo que o cantor e compositor Tuia lança a segunda edição. No novo EP, ele canta Romaria, de Renato Teixeira, Vide Vida Marvada, em homenagem a Rolando Boldrin, e Água de Chuva, de Vitor Lacerda.

Série
Black Mirror, a distopia favorita

Josh Hartnett e Salma Hayek: futuro distópico (Divulgação)

Criada em 2011, Black Mirror foi exibida inicialmente pelo Channel 4, da Inglaterra, mas fez tanto sucesso que a Netflix logo a adquiriu. A sexta temporada traz no elenco nomes como Aaron Paul, o “Jesse”, de Breaking Bad, além de Josh Hartnett e Salma Hayek Pinault (foto). Cada episódio apresenta uma história independente, mas há algo que os une: o futuro distópico que o avanço da tecnologia reserva aos humanos, se não nos prevenirmos. “Quero abusar das histórias surpreendentes”, afirma o criador, Charlie Brooker.

Cinema
A Amazônia em transformação

Cena de Despertar das Feras, novo episódio da franquia Transformers (Divulgação)

O novo episódio da bem-sucedida franquia Transformers exibe uma curiosidade para os sul-americanos: Despertar das Feras teve boa parte das cenas de ação filmadas em Cusco, Machu Picchu e na Amazônia peruana. O diretor Steven Caple Jr. afirmou que o clima e a altitude foram os maiores desafios enfrentados pela equipe. O longa é baseado na animação Beast Wars, que reúne as gerações dos robôs Maximals e Autobots na luta para salvar a Terra. O filme é a sétima parte da produção e marca a sequência de Bumblebee, de 2018.

Exposição
Arte oriental em miniatura

Japão em Miniaturas traz obras do fotógrafo Tatsuya Tanaka, exibidas pela primeira vez no Brasil(Divulgação)

Populares nas redes sociais, as obras do fotógrafo Tatsuya Tanaka são exibidas pela primeira vez no Brasil. Japão em Miniaturas está em cartaz na Japan House, em São Paulo. A mostra com 37 maquetes apresenta ambientes da cultura oriental por meio do “mitate”, conceito tradicional japonês que sugere novas interpretações para objetos do cotidiano. “Nesses pequenos universos, os significados dos objetos são renovados a todo instante”, afirma a curadora Natasha Geenen.

Orquestra
Glinka e Dvorák em concerto

Orquestra Sinfônica Heliópolis (Divulgação)

Com regência do maestro Isaac Karabtchevsky, a Orquestra Sinfônica Heliópolis executa obras do russo Mikhail Glinka e do tcheco Antonín Dvorák no Teatro B32, em São Paulo. O concerto acontece em 15/6 e faz parte da temporada promovida pelo Instituto Bracarelli. De Glink, a orquestra apresenta a abertura da ópera Ruslan e Ludmilla, sua principal composição; de Dvorák, mestre do Romantismo, será a vez da Sinfonia 9 — Do Novo Mundo, exibida ao vivo pela primeira vez em 1893.